Câmara Municipal de Brasiléia Inova: Agora Transparência é Motivo de Reprovação
Ah, Brasiléia… terra onde o impossível acontece e onde a lógica dá lugar a um teatro político que beira o surreal. A mais nova pérola veio da Câmara Municipal, onde a vereadora Isabele Araújo teve a ousadia, veja bem, a ousadia! de querer saber como andam os contratos de locação de veículos da Prefeitura. Um escândalo, não?
Sim, caros cidadãos, a vereadora simplesmente protocolou um requerimento pedindo informações. Só isso. Não pediu cabeça de ninguém, não exigiu rompimento de contratos, nem propôs CPI. Ela só quis saber como está sendo gasto o dinheiro público com carros alugados. Mas, vejam só, os nobres EDIs (esses incansáveis defensores da moralidade pública, só que não) votaram contra. A maioria. Votaram contra o pedido de informação. Afinal, saber demais pode ser perigoso, né?
Os argumentos? Ah, o clássico: “isso é coisa do Executivo, não é da nossa conta”. Ué? Então para que serve uma Câmara? Para bater palmas? Para empurrar projeto pronto do Prefeito? Ou talvez só para nomear parente e afilhado político? Porque fiscalizar, que é bom, parece que ninguém quer. Deve atrapalhar o cafezinho ou, quem sabe, expor certos “acordos de cavalheiros”.
Mas calma, que melhora: quando a vereadora tenta seguir o caminho institucional, é barrada por seus próprios colegas. Os mesmos que deveriam zelar pela transparência e pelo bom uso do dinheiro do povo. Mas, pelo visto, alguns preferem proteger o Prefeito, talvez por gratidão, talvez por cargo, talvez por… outros motivos menos nobres. Vai saber.
Isabele, agora, busca o Ministério Público. Porque pedir informação virou questão de segurança política. E enquanto isso, Brasiléia segue com seus contratos de veículos, cheios de compadres, padrinhos e interesses ocultos, rodando livremente, sem prestar contas a ninguém. Transparência aqui? Só no vidro fumê dos carros alugados.
Parabéns, Câmara Municipal de Brasiléia. Mais uma vez, vocês se superaram. Mas fiquem tranquilos: o povo está vendo tudo. Só não vê quem não quer. Ou quem tem contrato assinado com o silêncio.