Era uma vez, em uma floresta distante, a maior das florestas da altoacrelândia, um lugar cheio de ramais tortuosos, rios estreitos e muitas trilhas de pedras escorregadias. Lá, viviam personagens muito conhecidos pelos habitantes locais: O Lobo Bom, e a Chapeuzinho Má.
O Lobo Bom não era como os lobos das outras histórias. Ele era um lobo carismático, amigável, e estava sempre disposto a ajudar os animais da floresta. O Lobo Bom adorava cuidar das trilhas da floresta, onde tentava construir pontes para que todos pudessem atravessar com segurança. Quando não estava resolvendo problemas na floresta, ele sonhava em se tornar o líder da aldeia.
Mas havia uma questão… A Chapeuzinho Má, reinava sobre a floresta com um sorriso que não convencia nem o mais ingênuo dos coelhos. Ela usava um lindo capuz vermelho, mas todos sabiam que por baixo dele, suas ações deixavam muito a desejar. Diziam que Chapeuzinho Má controlava a floresta por 8 longos anos e, durante esse tempo, fez tantas travessuras que até as árvores cochichavam quando ela passava.
Um dia, o Lobo Bom ouviu falar de uma coisa muito estranha: Chapeuzinho Má havia escondido R$ 1,2 milhão em um buraco na floresta, dinheiro que deveria ter sido usado para curar as flores doentes e dar remédios para os animaizinhos. Mas em vez disso, ninguém nunca viu esse dinheiro… Exceto, talvez, os amigos muito próximos de Chapeuzinho.
— Isso não está certo! — disse o Lobo Bom. — As flores da floresta estão murchando, os animais adoecendo, e esse dinheiro desapareceu! Vou atrás de justiça!
Mas o caminho até a justiça não era fácil. Chapeuzinho Má era esperta, e usava todos os truques para continuar no controle. Ela montava armadilhas por toda parte. Uma vez, ela colocou o Lobo Bom como chefe temporário da aldeia, mas fez isso apenas para que ele não pudesse concorrer à liderança. No entanto, depois, cedeu à pressão dos outros animais e permitiu que ele fosse seu sucessor… Claro, ela sabia que tinha mais cartas na manga!
Em outra ocasião, Chapeuzinho Má prometeu entregar 52.000 quilos de peixes para alimentar os animais, mas, adivinhem só? Os peixes jamais chegaram à mesa. As lontras, as garças e até o velho jacaré ficaram sem jantar, e os murmúrios sobre o filé de tilápia perdido se espalharam por toda a floresta. O Lobo Bom, claro, ouviu esses sussurros e os trouxe para o conselho da aldeia.
No entanto, Chapeuzinho Má não estava preocupada. Ela simplesmente olhava para ele com aquele olhar de quem estava planejando algo. — Ah, Lobo Bom… se ao menos você soubesse jogar o meu jogo! — murmurava ela, ajeitando seu capuz vermelho com desdém.
Mas o Lobo Bom tinha algo que Chapeuzinho Má não esperava: o apoio secreto dos animais. Mesmo sendo um lobo, o povo sabia que ele era honesto. Ele andava pela floresta, ouvindo as queixas das velhas raposas e ajudando as tartarugas a atravessarem os rios. Todos na aldeia sabiam que o Lobo Bom não era como a Chapeuzinho Má, que vivia de promessas vazias, como as de “resolver os problemas do lixão da floresta”, mas nunca resolvia nada.
Então, um dia, cansado das jogadas traiçoeiras da Chapeuzinho Má, o Lobo Bom decidiu que era hora de acabar com o reinado dela.
— Essa floresta não é sua! — rugiu o Lobo Bom, subindo em um tronco de árvore. — Você pode ter seu capuz vermelho e suas armadilhas, mas o povo da floresta quer mudança!
Chapeuzinho Má riu com malícia, certa de que tinha tudo sob controle. — Vamos ver quem ganha, Lobo Bom! Até lá, vou continuar enrolando as tartarugas e fingindo que cuido das flores!
A batalha entre o Lobo Bom e Chapeuzinho Má começou a esquentar, e os animais estavam ansiosos pelo resultado. Quem ganharia o coração da floresta?
Moral da Fábula: Nem todo lobo é mau, e nem todo capuz vermelho esconde boas intenções. Às vezes, quem mais parece ajudar pode estar só enrolando as pobres tartarugas da floresta!
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