Nesta sexta-feira (14), a fronteira entre Brasil e Bolívia, nos municípios acreanos de Brasileia e Epitaciolândia, foi fechada para veículos, permitindo apenas a passagem de pedestres. A medida faz parte de um protesto organizado por movimentos bolivianos que reivindicam soluções urgentes para a crise econômica que atinge o país vizinho.
Nossa equipe atravessou para o lado boliviano em busca de informações sobre o chamado “paro”, como é conhecido esse tipo de mobilização na Bolívia. De acordo com manifestantes, a paralisação ocorre devido a uma série de problemas econômicos enfrentados pelo país, incluindo o atraso de salários de servidores públicos há vários meses, o aumento do preço da gasolina e a alta no custo dos alimentos básicos.
Os manifestantes exigem que o governo boliviano tome providências imediatas para solucionar a crise financeira e evitar um colapso ainda maior na economia local. “Estamos enfrentando dificuldades para sustentar nossas famílias. Os preços sobem a cada dia e os salários não chegam. O governo precisa agir agora”, afirmou um dos líderes do protesto.
O fechamento da fronteira causou impactos no tráfego de mercadorias e na circulação de pessoas entre os dois países, afetando o comércio e o turismo na região. Empresários e trabalhadores brasileiros que dependem do fluxo entre as cidades fronteiriças demonstraram preocupação com a situação, temendo prejuízos caso as manifestações se estendam por mais dias.
Até o momento, não há previsão de quando a fronteira será reaberta completamente. Autoridades locais acompanham a situação e aguardam uma posição oficial do governo boliviano sobre as reivindicações dos manifestantes.