Candidato a vereador José Paes ofende honra de Leila Galvão em vídeo nas redes sociais
Na corrida eleitoral de Brasiléia, um episódio lamentável marcou a campanha nesta quarta-feira (18). O candidato a vereador pelo partido Republicanos, José Paes, publicou um vídeo nas redes sociais em que se comove com os supostos “ataques” direcionados à atual prefeita Fernanda Hassem, sua aliada política, ao mesmo tempo em que desfere graves ofensas à candidata de oposição, Leila Galvão. A fala de Paes, além de inapropriada e desrespeitosa, levou a campanha a um nível de baixaria que deveria ser amplamente condenado pela sociedade.
Em um ato de completa falta de respeito e sensibilidade, José Paes ironizou o fato de Leila Galvão não ter filhos biológicos, chegando a enaltecer a “fertilidade” de Fernanda Hassem por ter gerado dois filhos e, em suas palavras, “poder gerar outros”. O que mais choca, porém, é o ataque gratuito e cruel à decisão de Leila de adotar uma criança, uma escolha digna de admiração e respeito, que reflete amor e compromisso.
Ao usar de forma perversa a questão da maternidade para atacar Leila Galvão, José Paes expõe uma visão retrógrada e preconceituosa, além de demonstrar total despreparo para ocupar qualquer cargo público. Sua fala não só denigre uma mulher que sempre atuou com responsabilidade e integridade na vida pública, como também ofende milhares de pessoas que optam pela adoção como forma legítima de constituir uma família. Paes claramente desconhece ou ignora que a adoção é um ato de amor, reconhecido por lei e por toda a sociedade como uma maneira honrosa de formar laços familiares.
A tentativa de diminuir Leila Galvão com base em sua maternidade ou na forma como decidiu constituir sua família não deveria ter espaço em uma campanha política que, por sua própria natureza, deve se concentrar em discutir propostas e soluções para os problemas que afligem Brasiléia. Ao invés de apresentar ideias para o futuro da cidade, José Paes prefere se apegar a ataques pessoais e falas discriminatórias, mostrando que, para ele, questões de gênero e maternidade podem ser utilizadas como arma política.
O discurso de José Paes é inadmissível. A política deve ser o espaço do respeito, da inclusão e da valorização das diversas formas de ser e de viver. Ao desrespeitar Leila Galvão, ele desrespeita também as mães adotivas, as mulheres que, por qualquer razão, não têm filhos biológicos, e todas as pessoas que acreditam que a maternidade não é uma obrigação, mas uma escolha.
Os eleitores de Brasiléia merecem líderes que respeitem a dignidade humana, que promovam o debate construtivo e que estejam comprometidos em melhorar a vida da população. Discursos preconceituosos e ataques pessoais são inadmissíveis em qualquer circunstância, e cabe à sociedade repudiar com firmeza esse tipo de comportamento.
Leila Galvão, ao longo de sua trajetória pública, sempre demonstrou força, capacidade e dedicação, e não é uma atitude tão baixa e preconceituosa que irá mudar sua reputação. A adoção de sua filha é um testemunho de amor e coragem, e sua experiência como mãe adotiva é motivo de orgulho, não de ataque.
José Paes precisa ser responsabilizado pelas suas palavras, e o silêncio de Fernanda Hassem frente a este ato ofensivo só amplia a gravidade da situação. As eleições de 2024 em Brasiléia precisam ser marcadas por propostas, não por agressões pessoais e falas que ferem a dignidade humana.
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