“Promessas Vazias ou Milagres de Última Hora? Fernanda Hassem Aposta em Obras Inacabadas para Salvar Imagem de Sua Gestão”
“Prefeita de Brasiléia enfrenta críticas severas ao tentar compensar anos de inércia com promessas ambiciosas às vésperas do fim de seu mandato.”
Brasiléia (AC) – A prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, está no olho do furacão. Prestes a encerrar seu segundo mandato, ela tem se visto envolta em uma tempestade de críticas, acusações e, cada vez mais, na desconfiança de uma população que sente o peso de promessas não cumpridas. Em uma tentativa desesperada de salvar sua imagem, a prefeita agora se apega a uma série de promessas ambiciosas, mas que soam para muitos como mais uma lista de palavras ao vento.
Nos últimos dias, Fernanda Hassem surpreendeu ao prometer, em um vídeo postado em suas redes sociais, asfaltar 13 km do Ramal do 19 e construir 80 casas populares – tudo isso nos quatro meses que restam de sua gestão. A promessa, no entanto, gerou uma onda de descrédito e virou motivo de piada nas redes sociais, onde os internautas ironizam: “Se em oito anos não fez, vai fazer em quatro meses?”
A prefeita, que já carrega o fardo de ser a única a não realizar um concurso público em Brasiléia em décadas, agora enfrenta o desafio de justificar o porquê de obras prometidas para o fim de seu mandato não terem sido iniciadas ou concluídas durante seus oito anos no poder. Um exemplo claro é o Ginásio Poliesportivo, uma obra que Hassem chegou a insinuar como sua conquista, mas que todos sabem ser fruto da administração do ex-prefeito Aldemir Lopes.
A comparação com gestões passadas só agrava a situação. Enquanto Leila Galvão, Everaldo Gomes e Aldemir Lopes deixaram legados de obras concretas e reconhecidas, como a Secretaria de Educação, postos de saúde e ginásios esportivos, a administração de Fernanda Hassem parece estar marcada por inércia e promessas não cumpridas. A lembrança de que, em 2020, foram adquiridas 16.201 sacas de cimento no auge da pandemia sem que se visse qualquer resultado palpável apenas aumenta a suspeita de que as novas promessas são mais um engodo.
A própria população de Brasiléia se mostra cética. “Se compraram tanto cimento e nada construíram, o que esperar agora? Quantas sacas mais serão compradas para as 80 casas populares que nunca saíram do papel?”, questiona um morador, refletindo a preocupação crescente entre os cidadãos.
Fernanda Hassem pode até se esforçar para projetar uma imagem de trabalho árduo até o último dia de seu mandato, mas para muitos, isso soa como um último suspiro de uma gestão que deixou a desejar. A promessa de obras vultuosas às vésperas de sua saída já é vista como uma tentativa desesperada de apagar os anos de estagnação e falta de transparência que marcaram sua administração.
No entanto, a história recente de Brasiléia ensina que promessas de última hora dificilmente se concretizam. E enquanto Fernanda Hassem tenta se agarrar ao pouco tempo que lhe resta, a população aguarda ansiosa, mas já sem muitas ilusões. Se a prefeita conseguirá cumprir as promessas ou se elas se tornarão mais um capítulo das “palavras ao vento”, só o tempo dirá. Mas, para muitos, o veredito já está dado.
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