Moradores do Ramal do 13, em Brasileia, reclamam da demora no restabelecimento de energia elétrica
Moradores do Ramal do 13, na Linha 9, zona rural de Brasileia, estão enfrentando constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica e reclamam da demora no restabelecimento do serviço. A principal queixa diz respeito ao tempo que a Energisa, concessionária responsável pelo fornecimento de energia na região, leva para solucionar os problemas, o que gera transtornos para as famílias que dependem da eletricidade para suas atividades diárias.
A insatisfação levou nossa equipe de reportagem até a unidade da Energisa em Brasileia para buscar esclarecimentos. Inicialmente, fomos direcionados à central de comunicação da concessionária, que é responsável por responder aos questionamentos. Em nota, a empresa declarou:
NOTA DA ENERGISA
“Uma equipe foi enviada ao local para realizar as tratativas necessárias. A concessionária esclarece que os atendimentos são feitos mediante solicitação dos clientes. Para registrar uma ocorrência envolvendo energia elétrica, o cliente deve usar um dos canais de atendimento disponibilizados pela concessionária: Call Center 0800 647 7196, WhatsApp (Gisa) ou pelo site Energisa (www.energisa.com.br).”
No entanto, a resposta não foi suficiente para esclarecer o motivo da demora no atendimento. Persistimos na busca por informações e, em uma nova visita à unidade da Energisa em Brasileia, conseguimos detalhes mais específicos sobre o que está ocorrendo.
Redes em áreas ambientais são o foco do problema
De acordo com representantes da empresa, o Ramal do 13 linha 9 é atendido por uma rede elétrica que passa por dentro de uma área de reserva ambiental. Nessa região, galhos de árvores frequentemente danificam a rede elétrica, causando interrupções no fornecimento. O grande entrave está no fato de que, para realizar a poda desses galhos, a Energisa precisa de uma licença ambiental emitida por órgãos responsáveis pela gestão de áreas protegidas no Brasil.
Segundo a Energisa, o processo para obtenção dessas licenças pode levar semanas, o que dificulta a realização de manutenções preventivas e corretivas em tempo hábil. “A demora na emissão das autorizações ambientais é o principal fator que atrasa nossos trabalhos nessas localidades”, informou a empresa.
Impacto nas famílias da região
Enquanto a burocracia ambiental segue emperrando a manutenção das redes, os moradores do Ramal do 13 linha 9 continuam a sofrer com a falta de energia elétrica. Uma moradora, relatou os transtornos enfrentados:
“Ficamos dias sem energia, e isso afeta tudo na nossa rotina. A comida estraga na geladeira, e à noite é impossível viver no escuro. Já fizemos várias reclamações, mas a situação não melhora.”
A concessionária também reforçou que os clientes devem registrar as ocorrências pelos canais oficiais para que as demandas possam ser atendidas o mais rapidamente possível.
Burocracia ambiental e busca por soluções
O caso levanta uma discussão sobre a necessidade de maior integração entre as concessionárias e os órgãos ambientais para agilizar a emissão de licenças em situações emergenciais. Embora a preservação ambiental seja fundamental, a demora no processo burocrático tem gerado impactos negativos na vida de moradores que dependem diretamente desses serviços.
Enquanto isso, os moradores do Ramal do 13 linha 9 aguardam ansiosamente por ações mais rápidas e eficientes para evitar que os apagões continuem comprometendo suas vidas.
Por: conexãoacrenews.com.br